Hoje (03/04) entra em vigor uma nova regra do Conselho Monetário Nacional (CMN) que limita o uso do crédito rotativo, nenhum consumidor poderá ficar mais de trinta dias usando a modalidade que chega a ter juros superior a 460% ao ano! Saiba de maneira sucinta o que muda a partir de hoje, quando o rotativo deixa de ser oferecido por mais de trinta dias.
O que é rotativo? O crédito rotativo são os juros do cartão de crédito quando o cliente não paga o total da fatura (pagamento mínimo), a diferença (total da fatura e valor pago) é “rolada” para a fatura do mês seguinte. O grande problema é que muitos consumidores acabam repetindo o uso, transformando a dívida em uma verdadeira “bola de neve” por causa dos juros altos.
Com a decisão do CMN o crédito rotativo deixa de ser oferecido após o trigésimo primeiro dia de uso. Na maioria dos casos, no entanto, o consumidor terá uma opção de financiamento mais barata, tal como o parcelamento da fatura, por exemplo.
Embora o parcelamento de fatura tenha juros menores – média de 0,99% a 9,99% ao mês – eles podem custar mais caro que o rotativo caso o consumidor postergue a dívida por muitos meses. Exemplo, sai mais barato ficar no rotativo por apenas trinta dias e, posteriormente, quitar a dívida do que financiar a fatura em 48 meses, por exemplo.
Dica, nunca use o plano de pagamento automático da administradora – A maioria dos bancos optarão por financiar a fatura, automaticamente, em 12x caso o cliente não quite o valor total da dívida. O grande problema é que essa opção acaba saindo mais cara por causa dos juros combinado com o longo prazo. O ideal é que o cliente entre em contato com a administradora para negociar a taxa de financiamento (os juros) e, se possível, opte por planos menores de financiamento.
Quanto mais longa a dívida, maior os juros e, consequentemente, maior o custo do financiamento. Mesmo com o fim do crédito rotativo por mais de trinta dias, o cartão de crédito ainda possui uma das maiores taxas de juros do mercado. Para evitar o endividamento é fundamental ter controle financeiro para evitar o desequilíbrio nas contas.