Pagar à vista (em dinheiro) passa a ser mais barato do que no cartão em muitos estabelecimentos. As empresas já podem dar descontos para meios de pagamento menos onerosos.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma medida que vai contra o Código de Defesa do Consumidor (CDC), mas que pode beneficiar os consumidores que pagam em dinheiro ou outra forma de pagamento menos onerosa para o estabelecimento, trata-se da autorização para diferenciar os preços de acordo com a sua forma de pagamento. Por exemplo, um produto pode custar mais barato caso seja pago em dinheiro do que no cartão de crédito.
Há empresas de cartões (gateways, maquininhas, etc) que chegam a cobrar mais de 7% nas vendas do cartão. O CDC acaba obrigando esses estabelecimentos a equiparar os preços, o que fazia com que o valor das transações fosse jogado lá pra cima, impedindo ainda o estabelecimento de dar desconto para o cliente que usa um meio de pagamento mais barato.
A oferta de produtos mais baratos no dinheiro era algo que já era oferecido pelo comércio, mas o ato era feito na ilegalidade, já que o estabelecimento que desse desconto para pagamento através de uma forma de pagamento estava sujeito ao pagamento de multa.
VANTAGENS
- O estabelecimento poderá dar desconto para quem usa meios de pagamentos menos onerosos (há estabelecimentos que acabam pagando mais de 7% para aceitar pagamentos com cartão, é justo ele ter que igualar o valor da mercadoria que for paga em dinheiro para ficar no mesmo preço do cartão de crédito?)
- Concorrência entre meios de pagamento – Os meios de pagamento – dinheiro, boleto, cheque, cartão, transferência bancária, mobile payment, etc – terão que concorrer entre si para conquistar as vendas. A tendência é que, com isso, as taxas cobradas dos estabelecimentos para aceitar cartões sejam reduzidas, pois a administradora terá o interesse de manter o preço no cartão próximo do valor à vista.
- Cliente que compra em dinheiro pagará mais barato.
Desvantagens – O principal prejudicado será o consumidor que só compra utilizando cartão de crédito e não está disposto a pagar utilizando outros meios de pagamento. A tendência é que os estabelecimentos comecem a repassar o custo do meio de pagamento ao consumidor final, já que ele concederá desconto para quem paga em formas menos onerosas.
Também não há a garantia de que os preços sejam reduzidos em todos os estabelecimentos. A preocupação é de que algumas empresas mantenham os preços atuais e passem apenas a cobrar mais caro do consumidor que paga no cartão. O CMN, no entanto, disse que a política de preço é definida por cada estabelecimento, hoje o cidadão pode pesquisar e encontrar o preço mais barato, em um mercado livre quem ganha é aquele que oferece o preço mais barato!