O limite do seu cartão de crédito está muito acima do valor que está disposto a gastar? Talvez seja a hora de pedir uma redução no limite para melhorar o controle financeiro.
Sim, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, o consumidor pode entrar em contato com a operadora do cartão de crédito para pedir a redução do limite caso considere que o valor atual esteja atrapalhando as suas finanças pessoais. O titular pode pedir para que o limite seja deduzido de acordo com o seu orçamento.
Embora o titular tenha o direito de pedir para deduzir o limite do cartão, o inverso não acontece. O aumento de limite sempre estará sujeito à análise de crédito por parte da operadora e a solicitação não garante a aprovação.
Em cartões de crédito mais modernos a redução do limite pode ser feita inclusive via aplicativo. É o caso do Nubank e do Digio.
Ao reduzir o limite do próprio cartão de crédito o cliente precisa ter em mente que, se no futuro, quiser um aumento de limite este passará por uma análise de crédito, assim como todo aumento. Nós só recomendamos a redução do limite caso ela seja indispensável para o controle do seu orçamento financeiro (exemplo: a pessoa não consegue ter o controle do próprio cartão de crédito, com isso precisa usar o limite como limitação de gastos).
Há casos de clientes que ganham um salário-mínimo e possuem limite de mais de R$ 20 mil no cartão de crédito. Essa discrepância pode impactar no controle do orçamento e, consequentemente, gerar endividamento, pois há limite excessivo de crédito disponibilizado ao consumidor. Com a grande oferta de parcelamento em lojas o cartão de crédito pode se transformar em uma armadilha financeira.
Geralmente as administradoras concedem limites de acordo com a renda do solicitante, mas há casos em que o valor do limite é muito superior a renda declarada, podendo fazer com que a pessoa fique endividada caso não tenha um bom controle do orçamento (ganhos x gastos).
Eu tenho vários cartões sem anuidade. O que eu faço para controlar o meu orçamento é dividir eles pelo limite de acordo com o valor que estou disposto a gastar por mês. Tenho um cartão que uso exclusivamente no supermercado; outro que uso apenas para compras básicas do dia a dia e um que serve apenas para gastos mais supérfluos. Como cada cartão está limitado ao valor que estou disposto a gastar em cada tipo de gastos, consigo controlar melhor as minhas finanças pessoais e não fujo do orçamento.